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Mostrando postagens de 2025

PL 2630/2021: Um Marco na Inclusão de Pessoas com TDAH no Brasil

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) afeta milhões de brasileiros, mas ainda é cercado de estigmas e desinformação. É para mudar essa realidade que o  Projeto de Lei 2630/2021  surge como uma esperança: ele propõe a criação da  Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com TDAH , garantindo acesso a saúde, educação e trabalho dignos. Por que esse projeto é urgente? Estima-se que  5% a 8% da população mundial  tenha TDAH, segundo a 🔗 Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) . No Brasil, muitos enfrentam dificuldades diárias: Diagnóstico tardio  ou falta de acesso a tratamento adequado. Preconceito  em escolas e ambientes de trabalho. Falta de adaptações  que respeitem suas necessidades neurodiversas. O PL 2630/2021, proposto pelo deputado  Capitão Fábio Abreu   (PL-PI) , busca equiparar os direitos das pessoas com TDAH aos já garantidos a outros grupos, como autistas, pela  Lei Beren...

Como Bloquear Chamadas Indesejadas e Preservar sua Saúde Emocional

Para pessoas no espectro autista, uma simples ligação telefônica pode ser uma fonte de ansiedade: a imprevisibilidade do conteúdo, a necessidade de processar informações em tempo real e a pressão para responder imediatamente são barreiras invisíveis, mas reais. Se você se identifica com isso, saiba que existem ferramentas práticas para reduzir (ou até eliminar) o impacto dessas interações. Abaixo, reunimos métodos testados e estratégias para você recuperar o controle sobre sua comunicação: 1. Silencie o Mundo Desativar toque e vibração é a solução mais imediata para reduzir a ansiedade gerada por ligações: Como fazer : No iPhone : Acesse Ajustes > Sons e Toques e desative Tocar e Vibrar . No Android : Vá para Configurações > Som e vibração e desative Toque de chamada . Vantagem: Eficácia instantânea. Desvantagens: Você continuará recebendo chamadas e poderá ter interrupções ao usar o celular. Você poderá perder chamadas importantes. Dica extra : Use modo avião (ou modo off...

O Direito de Descer Fora do Ponto Que Você Precisa Conhecer

Se você convive com uma deficiência oculta — como fibromialgia, esclerose múltipla, autismo ou qualquer condição considerada deficiência —, saiba que existe um direito garantido por lei em São Paulo que pode facilitar seus deslocamentos diários. A Lei Municipal nº 15.914 , de 16 de dezembro de 2013, permite que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida desembarquem fora do ponto de ônibus, desde que o local seja seguro e esteja no trajeto da linha. Embora esta seja uma lei da esfera municipal de São Paulo, é possível que hajam leis semelhantes em outros municípios. Consulte a prefeitura do seu munícipio. Por que essa lei importa para você? Descer em um ponto distante do seu destino pode significar mais do que um incômodo: para quem lida com dor crônica, fadiga extrema, crises de pânico ou hipersensibilidade sensorial, cada passo conta . Essa legislação existe para reduzir barreiras invisíveis, oferecendo: Economia de energia física e emocional para atividades essenciais; Redução...

Campanhas de Conscientização: PL 101/2025 e a inclusão de pessoas com TEA e neurodivergências

O Projeto de Lei 101/2025, proposto pela deputada Simone Marquetto (MDB/SP), traz uma proposta inovadora para a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições neurodivergentes. Além de criar um cordão identificador específico, o PL destaca a importância de campanhas de conscientização promovidas pelo Poder Público em parceria com organizações da sociedade civil. Essas campanhas são um dos pilares do projeto, pois têm o objetivo de divulgar o uso e os benefícios do cordão identificador, garantindo que ele seja amplamente reconhecido pela sociedade e por instituições públicas e privadas. A ideia é que, por meio da conscientização, o cordão se torne uma ferramenta efetiva de inclusão, facilitando a identificação de pessoas com TEA e neurodivergências em situações cotidianas e de emergência. De acordo com o Art. 4º do PL, as campanhas devem: Divulgar o uso do cordão e seus benefícios, explicando como ele pode ajudar na inclusão e no acesso a direitos; Gara...

PL 101/25: Regulamentação do Cordão do Autismo

O Projeto de Lei 101/2025, proposto pela deputada Simone Marquetto (MDB/SP), visa criar e regulamentar cordões identificadores específicos para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras condições neurodivergentes. O objetivo é promover a inclusão social e facilitar o acesso a direitos e serviços, garantindo maior visibilidade e respeito a essas condições. O cordão, que será distinto de outros já existentes, como o cordão de girassol (regulamentado pela Lei 14.624/23 ), terá símbolos e cores que representem especificamente o TEA e outras neurodivergências, como peças de quebra-cabeça estilizadas e figuras geométricas. Vale lembrar que a Lei 12.764/12 , conhecida como Lei Berenice Piana, já mencionava o uso de um cordão de quebra-cabeças para pessoas com TEA, mas não o regulamentou de forma específica. O PL 101/2025 vem para preencher essa lacuna, trazendo diretrizes claras para a criação e o uso desse instrumento de identificação. O uso do cordão será opcional e de ades...

São Paulo e o Ruído: Um Estudo sobre a Adequação do Ambiente para Pessoas com TEA

Uma das características mais comuns do TEA é a sensibilidade sensorial, que pode tornar sons altos ou ambientes barulhentos extremamente desconfortáveis, ou até mesmo dolorosos, para muitas pessoas no espectro. Em uma cidade como São Paulo, conhecida por sua agitação e poluição sonora, entender como o ambiente urbano impacta pessoas com TEA é essencial para promover a inclusão e o bem-estar. Neste estudo, realizamos medições de níveis de ruído em diferentes locais da cidade, desde áreas residenciais até pontos de grande movimentação, como avenidas e estações de metrô. O objetivo foi avaliar o quão adequado (ou inadequado) o ambiente de São Paulo é para pessoas com TEA, considerando sua sensibilidade a estímulos sonoros.

Gratuidade no Transporte para Pessoas com Deficiência (incluindo TEA)

Todas as pessoas com deficiência, incluindo aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), têm direito à gratuidade no transporte público coletivo em todo o Brasil. Esse direito é garantido por leis federais, como a Lei Federal nº 8.899/1994 , que assegura o passe livre no transporte interestadual, e a Lei Federal nº 12.933/2013 , que estende o benefício ao acompanhante quando necessário. Além disso, o Estatuto da Pessoa com Deficiência ( Lei Federal nº 13.146/2015 ) reforça esse direito, garantindo acessibilidade e gratuidade no transporte público urbano e semiurbano. No entanto, a implementação desse benefício pode variar de município para município, já que cada cidade tem autonomia para definir os procedimentos e requisitos necessários. Neste post, vamos explicar como funciona a gratuidade no transporte público em São Paulo , por meio do Bilhete Único Especial. Orientamos consultar a prefeitura de sua cidade para obter informações sobre a implementação local. O que é o Bilhete Ú...

Abaixo-Assinado: Contra o Veto do Reconhecimento do Diabetes Tipo 1 como Deficiência

Recentemente, o Governo Federal vetou o PL 2687/22 , uma decisão publicada no Diário Oficial da União em 13 de janeiro de 2025. Entre as justificativas para o veto, foi mencionada uma possível violação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência , que entende a deficiência como resultado da interação entre as pessoas e as barreiras sociais, e não como uma condição médica específica. Além disso, o governo apontou a falta de estimativa de impacto financeiro e fontes de custeio. Discordamos desse veto e estamos apoiando o abaixo-assinado para levar ao Congresso numa tentativa de mobilizar os parlamentares a lutar pela derrubada dessa decisão. Queremos que Deputados Federais e Senadores, que já aprovaram o PL, possam batalhar por esta lei. A convivência com o diabetes Tipo 1 impõe uma série de limitações, inclusive sociais, a quem tem a doença. O preconceito no ambiente de trabalho ou escolar é uma realidade, visto que, em alguns casos, indivíduos com diabet...

Conheça a origem do termo "autismo"

A palavra "autismo" tem suas raízes na palavra grega " autos ," que significa " eu mesmo " ou " próprio ." O termo foi introduzido pela primeira vez em 1911 pelo psiquiatra suíço Eugen Bleuler . Ele usou "autismo" para descrever um sintoma caracterizado pelo isolamento extremo e pela retirada para um mundo interno, observado em alguns pacientes com esquizofrenia. No entanto, foi apenas na década de 1940 que o autismo começou a ser reconhecido como uma condição distinta. Dois pesquisadores, Leo Kanner e Hans Asperger , fizeram contribuições significativas para a compreensão do autismo durante esse período. Leo Kanner Em 1943, Leo Kanner , um psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos, publicou um estudo detalhando 11 casos de crianças que apresentavam um conjunto específico de comportamentos. Ele chamou essa condição de " autismo infantil precoce ". As crianças observadas por Kanner exibiam isolamento social, dificuldade...

Leo Kanner: O Pai da Psiquiatria Infantil e do Autismo

Leo Kanner, nascido em 13 de junho de 1894 na Áustria, foi um psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos, amplamente reconhecido por suas contribuições pioneiras na psiquiatria infantil e na descrição do autismo . Ele é frequentemente chamado de "pai do autismo" devido ao seu trabalho seminal em 1943, quando publicou o artigo " Autistic Disturbances of Affective Contact ", descrevendo pela primeira vez a condição que hoje conhecemos como autismo. Kanner estudou medicina na Universidade de Berlim e, após servir no Exército Austríaco durante a Primeira Guerra Mundial, mudou-se para os Estados Unidos em 1924. Ele trabalhou no Yankton State Hospital em Dakota do Sul antes de se juntar à Johns Hopkins University, onde estabeleceu o primeiro departamento acadêmico de psiquiatria infantil do país em 1930. Em seu artigo de 1943, Kanner descreveu onze crianças que compartilhavam características de isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela pre...

Eugen Bleuler: Pioneiro na Compreensão da Esquizofrenia e do Autismo

Eugen Bleuler foi um psiquiatra suíço pioneiro, nascido em 30 de abril de 1857 em Zollikon, Suíça. Ele é amplamente reconhecido por introduzir o termo esquizofrenia , substituindo a antiga denominação "dementia praecox". Bleuler acreditava que esse novo termo refletia melhor a natureza multifacetada da doença, sem o estigma associado à palavra "demência". Além disso, Bleuler também foi o primeiro a utilizar o termo autismo , em 1912, para descrever uma condição que ele observou em alguns de seus pacientes. Ele descreveu o autismo como um sintoma de retraimento e isolamento, associado a casos graves de esquizofrenia. Sua abordagem inovadora e seu interesse pela psicanálise influenciaram significativamente seus métodos e práticas clínicas, embora ele tenha divergido de algumas das teorias de Freud. Bleuler também contribuiu para a compreensão de outras deficiências ocultas, como a deficiência intelectual e transtornos do espectro autista . Ele destacou a importância...

Por que há tantos autistas atualmente?

Muitas pessoas perguntam por que parece que há mais autistas hoje do que nunca. Na verdade, isso não é bem assim. O aumento no número de diagnósticos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) é resultado de vários fatores importantes. Reconhecimento e Diagnóstico O autismo foi reconhecido como um espectro de condições em vez de uma única entidade nos últimos anos. Isso significa que agora entendemos melhor a diversidade de sintomas e características que compõem o TEA. Além disso, o acesso ao diagnóstico tornou-se mais fácil e acessível, especialmente para populações anteriormente desassistidas. Hoje, temos mais profissionais capacitados e conscientes para identificar o autismo em crianças e adultos. Estatísticas e Dados Estudos recentes mostram que cerca de 1% da população mundial está no espectro do autismo. No Brasil, estima-se que haja aproximadamente 2 milhões de pessoas com TEA. Esses números são baseados em dados mais precisos e acessíveis, o que ajuda a entender melhor a prevalê...

Quem foi Hans Asperger?

Hans Asperger, um nome frequentemente associado ao Transtorno do Espectro Autista , foi um pediatra e pesquisador austríaco nascido em 18 de fevereiro de 1906, em Viena. Ele é mais conhecido por suas contribuições pioneiras na identificação e descrição de um grupo de comportamentos em crianças que ele denominou " psicopatia autística infantil " em 1944. Contribuições Científicas Asperger observou um padrão de características em crianças que incluía falta de empatia, dificuldade em formar amizades, conversa unilateral, absorção intensa em interesses específicos e movimentos desajeitados. Ele chamou essas crianças de "pequenos professores" devido à sua capacidade de falar sobre seus interesses favoritos com grande detalhe e conhecimento. Essas observações levaram ao reconhecimento do que hoje chamamos de Síndrome de Asperger , uma condição que está dentro do espectro autista e é caracterizada por habilidades linguísticas e cognitivas mais preservadas em comparação com...

É Vetado o PL 2687/22 da Diabetes Mellitus 1 como Deficiência

Em uma decisão polêmica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o Projeto de Lei 2687/2022, que equiparava o diabetes tipo 1 a uma deficiência para efeitos legais. Aprovado pelo Plenário do Senado em dezembro de 2024, o projeto foi recebido com críticas tanto do governo quanto de diversos setores da sociedade. A justificativa do veto foi baseada em argumentos de inconstitucionalidade e contraposição ao interesse público. A Presidência da República argumentou que o projeto violava a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que define a deficiência como resultado da interação entre a pessoa e as barreiras sociais, e não de uma condição médica específica. Além disso, o projeto criaria despesas obrigatórias sem prever fontes financeiras para cobrir essas despesas, o que seria incompatível com a Constituição. Apesar da boa intenção de equiparar o diabetes tipo 1 a uma deficiência, a decisão do presidente Lula foi influenciada por consultas a...